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Washington Olivetto no Hall da Fama

23 de julho de 2015/0 Comentários/em Artigos/por Jessica

Para vocês que não puderam estar no Gotham Hall na noite do dia 30 de janeiro, em Nova York, aí vai o meu speech na íntegra, só que em português.
Boa noite.
Eu preciso confessar uma coisa a vocês: eu só estou aqui hoje porque o pneu do meu carro furou.
Explico: eu tinha 18 anos de idade e estava indo para a universidade onde eu estudava quando senti algo estranho na direção do carro. Estacionei e vi que o pneu tinha furado.
Olhei para o outro lado da rua e observei um casarão com uma placa onde estava escrito “HGP Publicidade”.
Resolvi não trocar o pneu; preferi atravessar a rua e pedir um estágio.
Entrei na agência e disse para a recepcionista:
– Eu quero falar com o dono!
O dono, que estava estava chegando naquele momento, olhou pra mim, um menino com os cabelos nos ombros, tamancos coloridos e jeitão de hippie, e então disse:
– O dono sou eu, o que você quer?
Eu continuei:
– É que o meu pneu furou do outro lado da rua e eu resolvi vir aqui pedir um estágio. Tenho certeza que eu vou ser muito bom nesse negócio da publicidade. Na verdade, o senhor está no seu dia de sorte. Trata-se de uma ótima oportunidade que o senhor não pode perder, até porque o meu pneu não costuma furar duas vezes na mesma rua.
O homem gostou da minha conversa e me deu o estágio.
No mês seguinte, fui oficialmente contratado e, 4 meses depois, escrevi o meu primeiro comercial de televisão, que ganhou um leão em Cannes.
Como eu não tinha nenhuma experiência (era o meu primeiro comercial), fiquei na  dúvida. Quem teria errado? Eu ou o júri?
Mas voltando ao meu início, a verdade é que eu sempre acreditei que todos nascem com algum talento para fazer bem alguma coisa na vida. Mas são poucos os que têm a sorte de descobrir qual é essa coisa. Por isso, são poucos os felizes e bem-sucedidos nos seus trabalhos.
Eu tive a sorte de descobrir para o que eu servia já na adolescência. Naquele momento, a situação era bastante favorável para um jovem talento ambicioso: a publicidade já tinha sido profissionalizada no Brasil pelas gerações anteriores.
Depois que ganhei o meu primeiro leão de filmes, aos 18 anos de idade, numa época em que os prêmios eram poucos e raros, fui apelidado pela imprensa de “o golden boy” da publicidade.
Comecei a ficar conhecido no meio publicitário e fui convidado para trabalhar na DPZ – uma agência que representava nos anos 70 em São Paulo o que a DDB representou nos anos 60 aqui em Nova York.
Foram 14 anos muito felizes até que, em 1986, eu percebi que estava na hora de montar a minha própria agência. Assim surgiu a W/GGK, que logo depois se transformou na W/Brasil.
A W/Brasil foi um sucesso estrondoso, conquistou grandes clientes, ganhou todos os prêmios da publicidade mundial e fez tantas campanhas  populares que acabou até inspirando um hit do mundialmente famoso compositor e cantor Jorge Ben Jor.
O tempo foi passando e a W/Brasil continuou extremamente bem-sucedida. Mas, 23 anos depois da sua fundação, em 2009, eu senti que estava na hora de fazer o novo de novo.
Para isso, imaginei um gesto de grande impacto: juntar a mais internacional das agências brasileiras – a W/Brasil – com a mais brasileira das agências internacionais – a McCann.
Assim surgiu a WMcCann.
Na WMcCann, eu tenho algo que sempre tive na minha vida e que, junto com aquele pneu furado, me trouxe até aqui: a companhia de brilhantes profissionais.
Sempre mantive com as minhas equipes a filosofia de que é melhor ser co-autor de muitas coisas brilhantes do que autor solitário de algo medíocre.
Acredito em talento, acredito em trabalho, acredito em gente de bom caráter.
Costumo dizer que, se tenho alguma qualidade, é a minha intuição; tenho a intuição de uma comitiva de mulheres.
Minha intuição sempre me disse para desconfiar do sucesso profissional, mas saber aproveitá-lo.
Aprendi, muito jovem, que o sucesso profissional pode nos dar muitas coisas boas, como ganhar algum dinheiro, ser reconhecido publicamente, viajar pelo mundo, namorar lindas e inteligentes mulheres. Mas tenho a convicção de que a melhor coisa que o sucesso profissional pode nos dar é a oportunidade de ficar amigo dos nossos ídolos.
Há muito tempo tenho o privilégio de ser amigo de muitos dos meus ídolos.
Entrar, hoje, para este Hall da Fama, do qual fazem parte amigos que eu prezo e ídolos que eu venero, me orgulha bastante e reafirma a minha convicção sobre o que eu considero sucesso.
Agradeço a presença de todos, particularmente dos meus sócios e da minha mulher, Patrícia, que sempre me acompanha em tudo, inclusive quando eu perco.
Sim, de vez em quando eu também perco.
Prometo a vocês continuar trabalhando duro, até porque essa é a única coisa que eu sei fazer realmente direito.
E termino com uma observação: sinceramente, acho bem difícil, nos dias de hoje, acontecer com um garoto de 18 anos o que começou a acontecer comigo há 45 anos.
Até porque as coisas mudaram muito nos últimos anos.
Os pneus, por exemplo, hoje raramente furam.
Obrigado.
 *Na foto, com Allan Beaver W e Bob Greenberg também homenageados! 
*Washington Olivetto é Chairman e CCO da WMcCann mais de 50 Leões em Cannes (na categoria filme).
Associado da APP desde 14/03/1998!

 
 
 

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